infortúnios.

21/09/2008

e eu digo sim.

Tudo no mundo começou com um sim. (C. Lispector)

a história começa assim: você pergunta e eu digo sim.
então nós andamos de mãos dadas por aí.
sim.
conversamos sobre amenidades à beira do guaíba, num pôr-do-sol que é igual a todos aqueles que a gente já tinha visto, mas tão diferente...
sim.
você então toca meu braço mais suavemente, eu te olho de um jeito diferente. você me beija.
sim.
a partir daí tudo acelera. vêm os dias, vêm os meses, vêm os anos.
sim, sim, sim.
vem a rotina, vêm as brigas. lágrimas. reconciliação. ciúmes. saudades.
amor.
mas por trás de tudo há sempre um sim.
na cama, em silêncio, meus braços dizem sim ao teu redor.
quando sinto teu pranto, quando tu me escapa pelos dedos, todo meu corpo se transporta pra beira do guaíba, praquele mesmo pôr-do-sol de todos os dias...
e eu digo sim.

 

31/08/2008

my current random playlist - I

Bright Eyes - Cartoon Blues
Bright Eyes - Four Winds
Bright Eyes - Lover I Dont Have to Love
Bright Eyes - Tourist Trap
Bright Eyes - You Will You Will You Will You
Cake - I Will Survive
Cake - Never There
Cake - Perhaps, Perhaps, Perhaps
Cake - The Guitar Man
Camera Obscura - If Looks Could Kill
Camera Obscura - Lloyd, I'm Ready to Be Heartbroken
Feist - I Feel It All
Interpol - Rest My Chemistry
Justice - DVNO
KT Tunstall - If Only
Peter Bjorn And John - Young Folks
Radiohead - All I Need
Radiohead - Jigsaw Falling Into Place
The Killers - Shadowplay
The Killers - Smile Like You Mean It
Tilly and the Wall - Rainbow in the Dark
TV on the Radio - Wolf Like Me
Yeah Yeah Yeahs - Y Control

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das ironias da vida

Planeta Terra chamando!
Planeta Terra chamando!
Essa é mais uma edição do diário de bordo de Lucas Silva e Silva, falando diretamente do mundo da lua, onde tudo pode acontecer...


Chega o derradeiro momento na vida de cada jovem em que a casa dos pais fica pequena de mais. A gente nem dorme mais em casa direito, pra evitar aquelas cenas constrangedoras depois do trago... Então, cheios de esperança, economizamos nossos salários de escraviários para conseguir alugar um jotakazinho no centro, na cidade baixa ou em outro bairro da cidade que fique perto de algum bar bacana, ou perto da parada de ônibus onde passa o Universitária (nosso famigerado D43, ou D, para os íntimos). Pois é, caros amigos, esse dia chegou... para os meus pais.

Já faz duas semanas que moro sozinha, eu e o meu irmão. Olha, não há nada de glamouroso nisso. A pressão pra que eu, infeliz monitora do salário de trezentosreáu, pague contas aumentou e a minha mania de limpeza surgiu, do nada (aaaaaaaaaah! POEIRA! *paninho, paninho* aaaaaaah! Quanta roupa pra lavar! *tudo na máquina, tudo na máquina*).

Mas eu ainda estranho um pouco. Os três quartos da casa, as coisas dos meus pais por todo o lugar... Sabe, a minha posição era bem cômoda: a minha mãe fazia meu sanduíche de noite, o meu pai me dava a perna pra eu escorar a cabeça quando eu deitava no sofá... Eu sinto falta do barulho da chave abrindo a porta, todo dia, pontualmente, às onze da noite...

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14/07/2008

ego (ou sobre coisas randômicas que orbitam ao redor do meu umbigo)

Eu gosto de revistas de design. Gosto mesmo. Gosto de todas aquelas cores pulando, e formas desconexas que brigam umas com as outras, harmonicamente. Gosto de desenhar. Mas meus desenhos, só em preto e branco. A caneta de gel preta, formas simples, linhas retas, curvas, nuvens, caras e diversos outros clichês. E gosto de apontar o lápis com canivete, parece até que eu sei de técnicas de desenho. Mas no fim os rabiscos saem a mesma porcaria. Ah, dane-se.
Eu gosto de tomar chá verde depois das refeições. No início era porque chá verde tem um gostinho bom. Depois descobri que chá verde faz parte daquelas dietas de desesperadas que agente vê nas revistas que ficam do lado dos caixas no super (Emagreça 10kg em três meses! Dieta do tanquinho! Dieta do chá de cogumelo! – junto com fotos de antes de depois). Agora eu tomo meu chá e sinto um alívio, como se emagrecesse muito por causa dele. Às vezes eu gosto de me enganar com essas pequenas coisas.
Eu realmente gosto de letras de músicas. Eu me identifico com quase noventa por cento das coisas que eu ouço freqüentemente. Se não me identifico, não escuto muito. Aliás, eu me identifico com coisas de mais até... me identifico com músicas de coração partido, com músicas felizes e apaixonadas, tristes e melancólicas... eu vivo várias pessoas ao mesmo tempo. Também me identifico com biografias, sobretudo de autores póstumos e que foram absurdamente infelizes ao longo de suas vidas. Eu seria um pouco Kafka com C.Lispector. Hipocondria Literária.
Hipocondria.
Eu tenho medo de ficar louca. Meu avó é bipolar e tem hipocondria. Meu pai tem problemas de ansiedade e já tomou fluxotina. Eu maltrato meu estômago fazendo terrorismo psicológico comigo mesma. Mas isso já se tornou aceitável. A última coisa que eu quero é me entupir de remédios, tirar fotos deles e chorar as mágoas através de um blog secreto por aí. Eu sempre pensei que os nossos problemas é a gente que tem que resolver. A sós.
Não sei se tenho medo de morrer, não penso mais nisso. Não sei se acredito em Deus, desisti de pensar sobre isso do mesmo modo. Só sinto uma mistura de medo e indiferença. E isso é, de fato, paradoxal.
Paradoxal. Paradoxo mais sufixo al formador de adjetivos a partir de substantivos... eu gosto de morfologia. Basóides, bases livres... Também gosto de fonemas, fones e distribuição complementar. Mesmo assim, eu sei que eu gosto de trabalhar mesmo é com design...

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esquilo não samba

Muito prazer
Eu sou você amanhã
Só não me apresentei antes
Por medo de te desmotivar

Eu sei que é triste
Mas não se deixe abalar
Terás dias bons
Cujo número eu posso contar

Não vou mentir
Não sua média você será
Medíocre
Não vou mentir
Não sua média você será

Mediocridade
Eu sei o quanto eu sinto saudade
Do tempo em que eu me achava esperto
Do tempo em que eu esperava dar certo
Do tempo em que eu me achava

Não quero te iludir
Não quero te enganar
Não quero te iludir
Você está
Desperdiçando o que era pouco
Muito pouco, quase nada
E está para acabar
Acabar*

eu sou uma farsa. uma farsa mediana. eu tenho notas boas (...mas aquele monte de a não faz mais sentido algum...), eu sei jogar futebol, eu sei mexer no photoshop (e não só usar brushes e filtros! óóóóóó), eu sei desenhar... mas nada de mais. nada que ninguém faria se não se esforçasse mais um pouquinho. parece que eu perco tanto tempo tentando saber tudo, que de tudo eu sei quase nada.

*móveis coloniais de acaju – foi o que salvou me fim-de-semana. Eu já não sou muito de sair. eu tenho preguiça de sair, enfim. a casa onde eles tocaram estava absurdamente lotada, mal dava pra se mexer, mas valeu a pena. o show deles é sensacional, com direito a coreografias da platéia, 9 músicos ensandecidos correndo pelo palco minúsculo e se acotovelando em meio a muvuca do lugar. sem contar que as músicas são um primor. gastem alguns minutinhos de suas vidas e escutem. ;)

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21/06/2008

it all comes to this

eu sou uma enciclopédia de cultura inútil.

eventualmente acumulo algumas informações um pouco mais pertinentes.

mas é incrível o quanto eu absorvo cultura inútil.

(conclusão feita enquanto eu pesquisava sobre chakras, no google)

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11/06/2008

¬¬

eu sei que eu só escrevo aqui pra reclamar e/ou quando eu não me sinto muito bem, mas, convenhamos, alegria nunca fui uma inspiração muito boa. e porque diabos eu tenho que me explicar?

tá. eu sou extremamente nerd. i freaked out quando vi que tirei b na maldita cadeira da faced. mas, puta que pariu. como diabos um professor pede pra fazer um ENSAIO e depois diz que queria algo informal? e ainda por cima diz que corrigiu cada trabalho pensando na carinha de vocês. oh, please! só porque eu não eu não perco meu tempo apontando achismos durante a aula, só porque eu não finjo gostar de filosofia vem um cara e esculhamba tudo. ah, sei lá. talvez eu me importe demais com esse tipo de coisa, mas AH!
mas haverá um sweet revenge. ele deixou mandar outro trabalho para reavaliar. ok, vou ENTUPIR de achismos, frases de empacto sobre jogo de poder, pós-modernidade e se ele gostar nunca mais levo a sério esse pessoal. tem coisas que estragam o meu dia de uma maneira absurdamente idiota. Mas me diz, porque dar descrédito a um trabalho porque ele está acadêmico demais. onde eu fui parar? um monte de gente que não valoriza uma "abordagem ciêntifica" (tá, isso ficou pretencioso demais...enfim). onde eu fui me meter? onde eu fui me meter?

[/ataquezinho estérico de graduanda nerd]

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