das ironias da vida
Planeta Terra chamando!
Planeta Terra chamando!
Essa é mais uma edição do diário de bordo de Lucas Silva e Silva, falando diretamente do mundo da lua, onde tudo pode acontecer...
Chega o derradeiro momento na vida de cada jovem em que a casa dos pais fica pequena de mais. A gente nem dorme mais em casa direito, pra evitar aquelas cenas constrangedoras depois do trago... Então, cheios de esperança, economizamos nossos salários de escraviários para conseguir alugar um jotakazinho no centro, na cidade baixa ou em outro bairro da cidade que fique perto de algum bar bacana, ou perto da parada de ônibus onde passa o Universitária (nosso famigerado D43, ou D, para os íntimos). Pois é, caros amigos, esse dia chegou... para os meus pais.
Já faz duas semanas que moro sozinha, eu e o meu irmão. Olha, não há nada de glamouroso nisso. A pressão pra que eu, infeliz monitora do salário de trezentosreáu, pague contas aumentou e a minha mania de limpeza surgiu, do nada (aaaaaaaaaah! POEIRA! *paninho, paninho* aaaaaaah! Quanta roupa pra lavar! *tudo na máquina, tudo na máquina*).
Mas eu ainda estranho um pouco. Os três quartos da casa, as coisas dos meus pais por todo o lugar... Sabe, a minha posição era bem cômoda: a minha mãe fazia meu sanduíche de noite, o meu pai me dava a perna pra eu escorar a cabeça quando eu deitava no sofá... Eu sinto falta do barulho da chave abrindo a porta, todo dia, pontualmente, às onze da noite...
Já faz duas semanas que moro sozinha, eu e o meu irmão. Olha, não há nada de glamouroso nisso. A pressão pra que eu, infeliz monitora do salário de trezentosreáu, pague contas aumentou e a minha mania de limpeza surgiu, do nada (aaaaaaaaaah! POEIRA! *paninho, paninho* aaaaaaah! Quanta roupa pra lavar! *tudo na máquina, tudo na máquina*).
Mas eu ainda estranho um pouco. Os três quartos da casa, as coisas dos meus pais por todo o lugar... Sabe, a minha posição era bem cômoda: a minha mãe fazia meu sanduíche de noite, o meu pai me dava a perna pra eu escorar a cabeça quando eu deitava no sofá... Eu sinto falta do barulho da chave abrindo a porta, todo dia, pontualmente, às onze da noite...
Marcadores: daily, ironias, sobre a minha condição
Este comentário foi removido pelo autor.
A vida às vezes me lembra aqueles ônibus circulares do centro, sabe? C1, C2, CCC...Não sei se tu já andou em algum deles, mas, quem andou, sabe que, quando eles fazem a voltinha pra ir pra Duque de Caxias, dão uns pulos, jogam a gente pra tudo que é lado e nunca se sabe onde a pessoa sentada next to you vai estar no próximo segundo.
Ok. Isso foi totalmente despropositado e nem sei mais do que eu estava falando, really, mas enfim.
O que eu realmente quero dizer, portanto, é que foi uma mudança drástica para vocês. Imaginem...não são muitos os que já ouviram essa frase: Filhos, estamos saindo de casa.
Mas acho que tu está te saindo muito bem (a mania de limpeza é meiga) e acho que vai até começar a gostar dessa independência e responsabilidade repentinas. Não que tu já não tivesse ambas as coisas.
Isso tá ficando longo demais.
Então vou parar.
Ok. Beijos, menininha do cabelo vermelho.
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