infortúnios.

05/10/2007

o retrato de Dorian Gray

Eu nunca tinha lido Oscar Wilde na vida. Só achava o nome dele espalhado por aí naqueles conjuntos de quotes, etc. Confesso que o Retrato de Dorian Gray realmente não me decepcionou, mas pra se tornar parte do meu top 10 de livros já são outros quinhentos... Aliás, ele quase foi. É que eu, fã do Brás Cubas e de tantos outros personagens cretinos, cínicos e com a aquela visão hipócrita-lúcida-pessimista das coisas realmente me encantam, fiquei absurdamente embasbacada com as tiradas do Lorde Henry logo no começo do livro. Tá aí meu mais novo herói. Ledo engano. Não sei se foi o prazo muito curto em que eu tive que ler o livro (aliás, extremamente broxante essa história de atropelar um livro em cima do outro; quando tu mal está digerindo Dostoievski tem que cair de garfo na mão em cima de Oscar Wilde), ou se o personagem foi atingindo níveis de hedonismo e machismo irritantes, só sei que eu perdi o gás no meu do livro e o meu mais novo herói foi por água a baixo. Fora isso a história é muito interessante - até onde vai a vaidade do homem? - e toda a inversão de papéis entre a realidade e a arte (o que era arte - o rosto perfeito, a juventude eterna - vira o real, e o real - o envelhecimento e as marcas da vida - vira o quadro-consciência) torna o livro ainda mais intrigante. O retratado da sociedade inglesa do século XIX e de suas hipocrisias também é genial.
Sem mais nem longas, por que eu só estou te usando (há!) pra treinar meus textos de pseudo-crítica literária (é, sem nenhum embasamento teórico muito menos talento literário) Sem graça, sem conteúdo, puramente impressionista.
Ah eu vou sair correndo pra lingüística!

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